domingo, 25 de março de 2007

A HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS

A história dos cosméticos coincide com a história da humanidade. Provavelmente os homens pré-históricos praticavam a pintura corporal para prováveis identificações sociais.
Separarei em parágrafos cada período da humanidade para falar sobre cosméticos até o Século XIX, o qual é o meu objetivo de pesquisa. Farei isso, pois creio que os cosméticos dependem tanto da moda e das necessidades quanto do período histórico, de acordo com o site francês osMoz ("... Les cosmétiques employés dépendaiant des périodes, des modes, et des matières premières disponibles.") .



Antigüidade: O ideal de beleza feminina era a pele alva, para isso as moças usavam produtos que pareciam verdadeiras máscaras, pois eram usados em demasia. Esses produtos levaram muitas à morte por conter alta concentração de metais pesados, como chumbo, mercúrio e ferro. Além disso, na Grécia, óleos e perfumes eram usados para cultuar aos deuses, sendo, ao mesmo tempo, uma forma de proteção dos mesmos. O Açafrão era utilizado para colorir os lábios e o carvão para sublinhar os olhos e realçar os cílios. As mesmas coisas eram usadas no Egito, ganhando grande evidência com a rainha Cleópatra. As maquiagens nos olhos eram, para os egípcios, uma forma de proteção contra o deus Rá, o deus do sol. Foi o físico Galeano (por volta de 150 a.C.) que inventou o primeiro creme a base de óleo de oliva, água e cera de abelha. Mais tarde, esse óleo foi trocado pelo de amêndoas. Esse creme serviu como base famosa corretivo (base) líquido. Por volta do século III a.C., os chineses usavam esmaltes, como forma de indicar a classe social do indivíduo, o que também aconteceu no Egito Antigo.




Idade Média: O padrão de beleza ainda era o da mulher de tez branca. Nenhuma novidade em relação ao período anterior, apenas a implicância da Igreja, que condenava as mulheres maquiadas da mesma forma que condenava quem praticava bruxaria. Houve apenas a introdução de sais de banho e tinturas para o cabelo.




Renascimento: Nessa época, por meio das inovações tecnológicas, teve-se contato com outras civilizações, que introduziu vários cosméticos na Europa, principalmente após as cruzadas. Atribui-se a Catarina de Médici a introdução do uso de perfumes na França, e, analisando, é bem provável, pois ela pertencia a uma das maiores famílias de mecenato. A higiene foi esquecida, e aumentou o uso de perfume para disfarçar maus odores. Perfume era argumento para não tomar banho.





Século das Luzes: Os químicos conseguem obter essências florais graças à descoberta da destilação. O uso dos cosméticos ganha outro significado, já usado por Cleópatra: sedução. Com a introdução do Arcadismo, não só como expressão literária, buscou-se a simplicidade, deixando os cosméticos de lado.


Época Napoleônica (antes e durante): Durante a Revolução Francesa, o uso de perfumes voltou, não só por estética, mas por necessidade. As maquiagens eram usadas em grande escala pelos nobres para ostentar riqueza e tentar coagir quem não fosse nobre, tudo em vão. A imperatriz Joséphine gastou tudo o que podia, e Napoleão abusava das águas de colônia.






SÉCULO XIX: Após a Revolução, quando o Romantismo realmente toma conta, há uma busca de personalidade, procura-se fragrâncias suaves e descartam-se uso de cosméticos, para mostrar a verdadeira beleza. Ao contrário da França, o Parlamento inglês condenava o uso de cosméticos, considerando-a mulher que os usasse indecente e falsa (por tentar aparentar qeum ela não é). O noivo ou marido tinha direito de cortar relacionamento com essas mulheres. Isso se relaciona com o padrão de vida dos ingleses, que buscavam cada vez mais o seu “eu”, voltando-se cada vez mais para suas necessidades. Além disso, tudo que suscitasse sensualidade era excluído da sociedade, pois a sociedade inglesa se tornava cada vez mais conservadora.


Na França, apesar de não ser conservadora como a Inglaterra, os cosméticos não eram tão usados pela própria questão, já citada, do Romantismo. Entretanto, com o início do capitalismo industrial e financeiro e a criação do consumidor, a indústria incutiu os cosméticos como necessidades básicas, aliados à “indústria dos bons modos”. Existe aí um ponto muito importante: o avanço da indústria química, que possibilitou a fabricação de produtos mais seguros para a saúde, além da obtenção de produtos sintéticos (essências sintéticas para perfumes e sabonetes
, derivados de petróleo, tensoativos sintéticos e emulsões estabilizantes). Assim, por volta da metade desse século, foi estabelecida a ciência Cosmetologia, como área específica da farmácia, sendo apresentada, não só para embelezar, mas também para terapia. Os cosméticos, nesse século, não foram só uma ciência, mas também instrumentos de arte, em que os quadros eram as pessoas. Além disso, eles se tornaram bens de consumo, com uma ajuda da invenção de tubos descartáveis.

Como já foi dito, a França era observada por todas as nações, devido às suas revoluções e suas correntes filosóficas, que acabaram se disseminado pelo mundo. A indústria se aproveitou disso para exportar modos e costumes, entrando aí o envolvimento dos cosméticos. Isso é muito importante para entender o que faz os perfumes, cremes e maquiagens franceses tão bem vistos.

Por enquanto, é isso. A história do perfume se confunde com a dos cosméticos, por isso, não encontrei a necessidade de separá-los.



(Obs: Ilustrações históricas retiradas do site francês osMoz - Histoire du parfum, cujo link se encontra nas fontes de pesquisa).

8 comentários:

Anônimo disse...

Interessante! Gostei do tema. Muito embora não seja profundo conhecedor do assunto tenho que reconhecer que as fragâncias têm muita relação com a história das pessoas e, principalmente, com sua memória. É por isso que a investigação histórica sobre a evolução dos perfumes reflete a vida do homem. Parabéns Anna!!!

Anna Schneider disse...

Anônimo=Pai
hehe

Maru disse...

Bá, Anna! O teu blog tá ficando muito legal (a começar pelas cores e pelas fotos escolhidas, tudo a tua cara!;)
E, claro, os textos; tem um monte de coisas aí que eu não sabia! O açafrão não é um tempero meio amarelado, ou algo assim? Tu citou que ele era usado pra colorir lábios na Antigüidade (isso me deixou bem surpresa o.O)...
E eu também não sabia que o Parlamento inglês dizia que um homem podia cortar relações com a mulher por ela usar cosméticos! Que bizarro!:O
Bom, sobre o teu comentário... pois é... Até agora eu falei sobre a Inglaterra no séc. XIX, mas pretendo falar algo sobre o comportamento dos franceses (aí talvez precise de uma mãozinha com a língua... Aliás, tu sabe algum bom site (pode ser em inglês, francês ou português) sobre a França no séc XIX?;D
Bem, sobre o teu desafio ali no canto (parte do perfil), vou chutar "Eu Te Am O"?xD
Levei um tempinho pra me dar conta, hein?
bjoo :*

Anna Schneider disse...

E a resposta do enigma está: correta! =D

Anna Schneider disse...

A propósito, pretendo corrigir alguns erros gramaticais do meu blog. Amanhã (26.03.2007) pretendo postar os textos corrigidos.

Ingrid C. disse...

que bala esta o teu blog!! Só tenho uma observaçao: desde quando eu sou LORÁ, com acento agudo no "a"?? Nao gostei disso!! Vou descobrir tua senha, invadir teu blog e avaclhar com ele!! hauhauhau
é so brincadeira viu??

Beijos

Anônimo disse...

legal o teu blog annna!
to gostando d ver hein!
=D
muito bom!

;***

Vinícius Souza Figueredo disse...

(Figueredo)

Bah! Está muito bom teu blog. Gostei de como vc organizou suas idéias em parágrafos de acordo com a cronologia. Isso deu um panorama muito legal ´da história dos cosméticos. Queria também agradecer pela dica de baixar o programa para fotos. Verei isso ainda.